Liquidez empresarial: estratégias financeiras para obtê-la

A liquidez é a espinha dorsal de qualquer empresa que busca solidez e crescimento, especialmente em um cenário econômico dinâmico como o brasileiro. Entender e gerenciar a liquidez empresarial não é apenas uma tarefa, mas uma estratégia vital para superar desafios como restrições de crédito, fluxo de caixa insuficiente e o temido risco de inadimplência.
Este guia completo irá aprofundar esse indicador, desde seus conceitos fundamentais até as melhores práticas de gestão e soluções eficazes para impulsionar a saúde financeira do seu negócio.
O Daniele Banco, com sua vasta experiência e soluções personalizadas de antecipação de recebíveis e capital de giro, é o parceiro ideal para garantir que sua empresa navegue com segurança pelos mares da economia.
Liquidez é a capacidade de uma empresa em converter seus ativos em dinheiro rapidamente. Essa conversão serve, principalmente, para a empresa poder gerar capital e honrar seus compromissos de curto prazo, como pagamento de fornecedores, salários e outras obrigações financeiras.
Também vale observar que nas indústrias de transformação — no qual os ciclos de produção podem ser longos e os fluxos de caixa variáveis —, a gestão nas empresas é ainda mais crítica.
Assim, empresas com alta liquidez têm maior flexibilidade para lidar com imprevistos e aproveitar oportunidades de mercado, enquanto aquelas com baixa podem se ver em apuros financeiros rapidamente.
Então, nesse sentido, liquidez e solvência são a mesma coisa?
Essa é uma dúvida comum. Mas, na realidade, a liquidez foca na capacidade de pagar dívidas de curto prazo, enquanto a solvência se aplica à capacidade de uma empresa honrar todas as suas dívidas a longo prazo.
Ou seja: entender essas — e outras — diferenças no conceito de gestão financeira é vital para uma gestão otimizada.
A liquidez empresarial é o combustível que mantém as engrenagens de um negócio em movimento. Sem ela, mesmo as empresas mais lucrativas podem enfrentar dificuldades e a operação diária de uma empresa pode ser severamente impactada, desde a incapacidade de pagar fornecedores até a impossibilidade de investir em novos projetos.
Uma boa liquidez permite:
Além disso, quando bem gerida, ela ajuda qualquer negócio a mitigar riscos, como inadimplência ou crises econômicas, que tendem afetar o fluxo de caixa.
Por falar nisso: um fluxo de caixa saudável é um dos principais indicadores positivos. Empresas que monitoram e gerenciam seu fluxo de caixa de forma eficiente têm mais facilidade para:
Mas vale destacar, ainda, que a eficiência na gestão de fluxo de caixa envolve não apenas o monitoramento regular das entradas e saídas, mas, também, o uso de ferramentas e métodos de controle avançados — como projeções financeiras e análises de cenários econômicos (otimista, pessimista e neutro).
Para qualificar o trabalho de monitoramento e controle de caixa, algumas soluções podem ser aplicadas à rotina da sua empresa. Conheça algumas delas!
Sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) integram todas as áreas da empresa, proporcionando um controle centralizado e preciso do fluxo de caixa. Eles ajudam a automatizar processos, incluindo os financeiros, e a gerar relatórios detalhados em tempo real.
Com um bom software, você pode:
Essa visibilidade permite tomar decisões proativas.
Só é importante comparar diferentes opções, considerando funcionalidades, custo e suporte, para identificar quais ERPs melhor atendem às suas características.
Embora menos sofisticadas que os ERPs, as planilhas oferecem uma forma mais simples de gestão. Elas podem ser ideais para setores internos de uma empresa que buscam uma solução mais econômica.
Embora exijam disciplina e atualização constante, são eficazes para:
É possível usar planilhas para complementar as informações do software, aprofundando a análise de certas categorias ou períodos.
Relatórios financeiros (sejam eles mensais, trimestrais ou semestrais) ajudam a acompanhar a evolução do fluxo de caixa. Eles permitem, também, que a empresa identifique tendências, problemas potenciais e oportunidades de melhoria. Porém, devem ser gerados e revisados periodicamente, permitindo:
Ao analisar esses relatórios, é possível identificar a necessidade de buscar soluções de capital de giro ou otimizar a gestão de recebíveis.
Leia também: Controle financeiro empresarial: 7 dicas e soluções práticas
Além das ferramentas, você pode contar com os principais índices de liquidez empresarial para avaliar a saúde financeira da sua empresa e evitar a falta de caixa.
Afinal de contas, eles oferecem uma visão clara de quão bem uma empresa pode pagar suas obrigações de curto prazo com os ativos disponíveis.
Mas quais são esses índices? A gente explica, logo abaixo!
A liquidez corrente é, talvez, o mais conhecido e utilizado dos indicadores. Ele mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas de curto prazo (passivo circulante) com seus ativos de curto prazo (ativo circulante). Em outras palavras, ele mostra quanto de cada real de dívida de curto prazo a empresa consegue cobrir com seus ativos que podem ser convertidos em dinheiro rapidamente (em até 12 meses).
Para ter um bom indicativo, o ideal é que o índice seja maior que 1. Se for igual a 1, a empresa consegue pagar, mas sem folga. Se for menor que 1, a empresa pode ter problemas para cumprir suas obrigações de curto prazo.
A fórmula da liquidez corrente é bastante simples:
Liquidez Corrente = Ativo Circulante / Passivo Circulante
Vamos a um exemplo prático para ilustrar o cálculo de liquidez corrente:
Imagine que uma empresa, no último balanço, apresente os seguintes dados:
Aplicando a fórmula da liquidez corrente:
Liquidez Corrente = 5.000.000 / 3.000.000 ≈ 1,67
Neste caso, a liquidez corrente é de 1,67. Isso significa que para cada R$1,00 de dívida de curto prazo, a empresa possui R$1,67 em ativos circulantes para cobrir. Esse é um bom indicativo, mostrando que a empresa tem capacidade para honrar suas obrigações de curto prazo com certa folga.
A liquidez seca é um indicador mais rigoroso que a liquidez corrente. Ela exclui os estoques do cálculo do ativo circulante, pois os estoques nem sempre são facilmente convertidos em dinheiro e podem sofrer desvalorização. Este índice é particularmente útil para indústrias onde o volume de estoque pode ser significativo e sua venda pode demorar.
É uma medida mais conservadora da liquidez, dando uma visão mais realista da capacidade da empresa de gerar caixa sem depender da venda imediata de seus produtos armazenados.
A fórmula da liquidez seca é a seguinte:
Liquidez Seca = Ativo Circulante − Estoques / Passivo Circulante
Utilizando os dados anteriores da empresa e adicionando o valor do estoque:
Aplicando a fórmula da liquidez seca:
Liquidez Seca = 5.000.000 − 1.500.000 /3.000.000 = 3.500.000 / 3.500.000 ≈ 1,17
Neste exemplo, a liquidez seca é de 1,17. Embora menor que a liquidez corrente, ainda indica que a empresa tem ativos líquidos suficientes, sem considerar os estoques, para cobrir suas dívidas de curto prazo.
A liquidez imediata é o indicador mais restritivo, pois considera apenas os ativos que são dinheiro puro ou podem ser convertidos em dinheiro instantaneamente, sem perdas significativas. Inclui apenas caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras de alta liquidez.
Este índice é fundamental para avaliar a capacidade de uma empresa de lidar com situações de emergência financeira ou necessidades urgentes de liquidez.
A fórmula da liquidez imediata é dada por:
Liquidez Imediata=Disponível/Passivo Circulante
Para o cálculo de liquidez imediata, vamos considerar os seguintes dados hipotéticos para a empresa:
Aplicando a fórmula liquidez imediata:
Liquidez Imediata = 800.000 / 3.000.000 ≈ 0,27
Um índice de liquidez imediata de 0,27 indica que, em um cenário de necessidade imediata, a empresa só conseguiria cobrir 27% de suas dívidas de curto prazo com o que tem em caixa. Isso pode sinalizar uma necessidade de buscar antecipação de recebíveis ou outras soluções de capital de giro para aumentar o indicador em momentos críticos.
A liquidez geral oferece uma perspectiva mais ampla da capacidade de uma empresa em cumprir suas obrigações financeiras, considerando tanto o curto quanto o longo prazo. Ela compara os ativos totais (circulantes e não circulantes) com os passivos totais (circulantes e não circulantes).
Este indicador é útil para investidores e credores que desejam avaliar a saúde financeira de uma empresa em uma perspectiva mais duradoura.
A fórmula da liquidez geral é definida como:
Liquidez Geral = Ativo Circulante + Ativo Não Circulante / Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Ou de forma mais simplificada, se já tiver os totais:
Liquidez Geral = Ativo Total / Passivo Total
Vamos supor que a empresa de Marcos tenha os seguintes dados, além dos anteriores:
Aplicando a fórmula liquidez geral:
Liquidez Geral = 5.000.000+ 10.000.000 / 3.000.000 + 4.000.000 = 15.000.000 / 7.000.000 ≈ 2,14
Um índice de liquidez geral de 2,14 sugere que a empresa possui mais que o dobro de ativos em relação às suas obrigações totais, indicando uma boa saúde financeira e capacidade de pagar suas dívidas a longo prazo.
É importante lembrar que esses índices devem ser analisados em conjunto e em comparação com a média do setor, bem como com o histórico da própria empresa. Uma baixa liquidez em um índice pode ser compensada por uma boa performance em outro, dependendo da estratégia e do modelo de negócio.
A baixa liquidez é um dos maiores desafios para as empresas. Ela pode levar a um ciclo vicioso de atrasos nos pagamentos, perda de credibilidade e, em casos extremos, à falência. A boa notícia é que existem diversas estratégias para reverter um quadro de baixa liquidez e fortalecer a posição financeira da sua empresa.
Primeiro, é essencial identificar as causas da baixa liquidez. Ela pode ser resultado de:
Uma vez identificada a causa, é possível implementar as soluções adequadas.
Existem várias estratégias que uma empresa pode adotar para melhorar os índices de liquidez de maneira proativa.
A seguir, discutiremos algumas das formas que geram resultados mais positivos a partir do planejamento da sua gestão de capital de giro (como a otimização de estoques e a melhoria dos prazos de recebimento) e o aumento da eficiência operacional.
A antecipação de recebíveis é uma ótima estratégia financeira que permite às empresas melhorar o fluxo de caixa de forma imediata, sem esperar pelo vencimento das faturas emitidas aos clientes.
E como funciona: o processo envolve a venda de recebíveis futuros a uma instituição financeira em troca de um pagamento antecipado. A empresa, então, antecipa o valor negociado, menos uma taxa de desconto, imediatamente, o que ajuda a melhorar a liquidez de curto prazo.
Essa estratégia é muito útil para empresas que enfrentam períodos de alta demanda e precisam de recursos rapidamente. Além disso, elimina a espera pelos pagamentos dos clientes, o que permite mais previsibilidade financeira.
As linhas de crédito são uma outra forma de gerar liquidez empresarial porque são capazes de oferecer mais flexibilidade financeira para empresas de todos os portes. É importante conhecer os diferentes tipos de linhas de crédito, como:
Conhecer a melhor solução para as suas necessidades e objetivos facilita a busca por mais flexibilidade financeira. Isso porque, as linhas de crédito fornecem uma reserva financeira que pode ser usada para cobrir despesas inesperadas ou para aproveitar oportunidades de negócio.
Além disso, com uma boa negociação, as empresas podem garantir taxas de juros favoráveis, tornando essa opção menos onerosa a longo prazo.
Negociar prazos com fornecedores e clientes é uma estratégia que também contribui com a melhora da liquidez empresarial.
Primeiramente, experimente planejar prazos de pagamento mais longos com fornecedores. Isso, por si só, pode liberar caixa para outras necessidades. E também dá à empresa mais tempo para converter seus produtos em vendas — e, consequentemente, em caixa.
Mas não pare por aí: encurtar os prazos de recebimento dos clientes também pode acelerar a entrada de dinheiro e melhorar o fluxo de caixa.
Como resultado imediato disso, sua empresa:
Uma dica: no caso de negociar com os clientes, ofereça incentivos, como descontos para aqueles que pagam adiantado.
Quando uma empresa enfrenta dificuldades financeiras, a reestruturação de dívidas pode ser uma solução vital para melhorar a liquidez empresarial.
Isso costuma envolver a renegociação dos termos dos contratos de dívida com credores por prazos mais longos, juros menores ou até mesmo a redução do montante devido.
Outra possibilidade é a conversão de dívidas de curto prazo em dívidas de longo prazo, o que pode reduzir a pressão sobre o fluxo de caixa imediato e evitar inadimplência.
Entre os benefícios disso, podemos citar:
Leia também: Operações estruturadas: uma proteção para o seu negócio?
O monitoramento do fluxo de caixa pode ser implementado via relatórios semanais para identificar rapidamente quaisquer problemas e a tomar medidas corretivas ou com o auxílio de ferramentas de automação.
Nesse caso, o uso de softwares de gestão financeira pode aumentar a precisão e a eficiência desse processo, que é capaz de garantir um planejamento proativo (o que traz a capacidade de alcançar melhores decisões sobre investimentos e despesas), além da agilidade para evitar e minimizar a ocorrência de problemas.
Manter a liquidez empresarial durante períodos de crise pode ser desafiador, mas existem estratégias que podem ajudar sua empresa a passar por momentos difíceis sem comprometer suas operações. Nós, do Daniele Banco, separamos algumas dicas para você, conheça-as, a seguir!
Analise todas as áreas da empresa para identificar onde os custos podem ser reduzidos sem afetar a qualidade dos produtos ou serviços.
E, para isso, adie projetos não essenciais. Afinal, durante crises, é importante adiar investimentos que não são indispensáveis para o funcionamento da empresa.
Mantenha um relacionamento próximo com os fornecedores, pois isso pode facilitar a negociação de prazos mais favoráveis durante períodos de dificuldade. E, aliado a isso, aproveite para desenvolver parcerias estratégicas com eles, que possam oferecer condições mais flexíveis em momentos de crise.
Em tempos de crise, diversificar as fontes de receita pode ajudar a compensar a queda em um setor específico. Isso pode incluir a introdução de novos produtos ou serviços, ou mesmo a entrada em novos mercados.
Mantenha linhas de crédito de emergência pré-aprovadas com instituições financeiras, para que possam ser acessadas rapidamente se necessário.
E outra dica fundamental: estabeleça um fundo de reserva para cobrir despesas inesperadas e garantir que a empresa mantenha liquidez empresarial durante esses períodos de incerteza.
Sabemos que a liquidez não é apenas um número no balanço; é a vida da sua empresa. Uma boa liquidez garante a capacidade de cumprir compromissos, expandir operações e resistir a imprevistos.
Se sua indústria de transformação enfrenta restrições de crédito, fluxo de caixa insuficiente, demora no recebimento de pagamentos ou risco de inadimplência, o Daniele Banco tem as soluções que você precisa. Nossa expertise em antecipação de recebíveis e soluções para capital de giro é construída em mais de 35 anos de atuação, oferecendo abordagens personalizadas para as dores do seu negócio.
Não deixe a baixa liquidez frear o potencial da sua empresa. Fale com o Daniele Banco hoje mesmo e descubra como podemos impulsionar a saúde financeira do seu negócio com agilidade e confiança.
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Liquidez é a capacidade de uma empresa de converter seus ativos em dinheiro de forma rápida e sem perder valor, garantindo que ela possa pagar suas obrigações de curto prazo.
Os principais índices de liquidez são: liquidez corrente, liquidez seca, liquidez imediata e liquidez geral.
A liquidez da empresa pode ser avaliada por meio dos índices de liquidez, que medem a capacidade de pagar dívidas de curto prazo com os ativos disponíveis.
Não há um “melhor” índice universal, pois depende do setor e das características da empresa. No entanto, a liquidez corrente é amplamente utilizada como uma medida geral da capacidade de uma empresa de lidar com suas obrigações de curto prazo.
Categorias: Gestão financeira