No vasto oceano de ofertas de serviços financeiros, duas opções de crédito se destacam como oportunidades: os empréstimos tradicionais oferecidos por bancos e as operações de crédito através dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs).
Ambas as modalidades oferecem soluções para empreendedores que buscam obter, por exemplo, capital de giro para seus empreendimentos.
No entanto, em uma delas, você, como empreendedor, encontrará mais velocidade e customização de acordo com sua necessidade!
Você já parou para pensar sobre qual dessas alternativas — crédito via FIDC ou empréstimo bancário — melhor se adapta ao seu modelo de negócio ou estratégia?
Qual delas pode oferecer um atendimento mais personalizado e centrado nas suas necessidades? Se você está em busca de alternativas que possam impulsionar seus negócios de forma inteligente, o artigo de hoje é para você.
Compreender essas diferenças é essencial para tomar decisões financeiras mais assertivas e garantir as finanças no azul!
O que são FIDCs?
Os FIDCs são conhecidos por serem meios de investimento coletivo ou de capital próprio que concedem crédito tendo como garantia ativos financeiros de empresas provenientes de contratos como duplicatas, cheques, contratos de financiamento, imóveis, recebíveis de fornecedores, entre outros.
Esses fundos são geridos por instituições financeiras especializadas, como o Daniele Banco, que avaliam com muito critério cada garantia antes de qualquer movimentação.
Isso porque, além de serem instrumentos de investimento, no qual é possível adquirir direitos creditórios, os FIDCs podem funcionar em duas modalidades:
- Capital aberto: Captam recursos de investidores qualificados e permitem a entrada e saída contínua de investidores que geram o capital e oferecem mais liquidez.
- Capital fechado: A própria instituição financeira é quem fornece os recursos, ou seja, você negociará direto com um consultor da instituição financeira para obter condições customizadas.
As duas são voltadas para negociar recebíveis de empresas, que procuram o fundo para obter liquidez em troca de uma promessa de pagamento futuro.
A busca por essa fonte de crédito tem crescido bastante no Brasil, principalmente com a consolidação das fintechs no mercado nacional. Segundo o Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliário (CVM), as emissões de FIDCs cresceram 84% no ano passado.
Leia também: Como calcular o capital de giro?
A estrutura dos FIDCs
A estrutura de um FIDC envolve três partes principais:
- Originador: a empresa que possui os direitos creditórios, ou seja, os créditos a receber de suas vendas a prazo;
- Cedente: a empresa que vende esses direitos ao FIDC, transferindo o risco de inadimplência ao fundo;
- Investidor: aquele que aplica recursos no fundo, esperando um retorno sobre o investimento por meio das cotas do FIDC. Os investidores podem ser externos, nos FIDCs de capital aberto, ou a própria FIDCs, quando age com capital próprio.
Para gerenciar o risco e a liquidez, os FIDCs são frequentemente estruturados em tranches, que são diferentes níveis de prioridade no recebimento dos pagamentos dos direitos creditórios. As tranches, nos casos de capital aberto, são usadas para gerenciar e distribuir o risco entre os investidores de acordo com suas preferências e tolerâncias ao risco.
Os critérios da política de crédito dos FIDCs de capital próprio são cuidadosamente pensados para gerir as oportunidades que se alinhem aos seus objetivos de rentabilidade e segurança. Esse processo inclui a avaliação detalhada da solvência dos devedores, a análise das condições de pagamento e a projeção de fluxos de caixa futuros.
Além disso, a precificação do risco é um elemento crucial na operação dos FIDCs de capital próprio. E, para calcular o valor dos direitos creditórios, são considerados fatores como a qualidade do crédito, a taxa de inadimplência, o tempo de recuperação e as condições econômicas gerais.
Nesse contexto, as seniores têm prioridade sobre os pagamentos, mas oferecem retornos menores, enquanto as tranches subordinadas têm maior risco e, portanto, maiores retornos potenciais.
Processo de securitização de direitos creditórios
A securitização é o processo pelo qual os direitos creditórios são transformados em ativos financeiros negociáveis. Envolve várias etapas e proporciona benefícios tanto para as empresas cedentes quanto para os investidores como, por exemplo:
- Identificação e venda dos direitos creditórios: a empresa cedente identifica quais direitos deseja vender e os transfere para o FIDC;
- Emissão de cotas pelo FIDC: o FIDC, quando aberto, emite cotas que são oferecidas ao mercado, essas cotas representam uma participação nos direitos creditórios adquiridos pelo fundo. Quando o capital é fechado, as contassão oferecidas a um grupo restrito de investidores qualificados, permitindo que tenham uma parcela dos rendimentos, ou são plenamente assumidas pela instituição.
- Participação dos investidores: no capital aberto, eles compram as cotas emitidas pelo FIDC, que proporciona a liquidez à empresa cedente. Enquanto no capital fechado, é a própria instituição que fornece esse capital. Em ambos os casos, a empresa cedente recebe retornos baseados no fluxo de caixa gerado pelos direitos creditórios.
Esse mecanismo permite que as empresas cedentes obtenham liquidez de forma mais rápida e eficiente, ao mesmo tempo em que oferecem aos investidores uma oportunidade de diversificação de seus portfólios.
Vale ressaltar que os investidores, por sua vez, assumem o risco de crédito associado aos direitos creditórios, mas podem obter retornos atrativos como compensação.
De maneira direta, a securitização, portanto, transforma créditos de baixa liquidez em ativos financeiros negociáveis, criando um ambiente dinâmico para o financiamento de empresas e a diversificação de investimentos.
FIDC X outras opções de crédito empresarial
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios se destacam em alguns aspectos por oferecerem vantagens competitivas únicas.
Primeiramente, os FIDCs permitem que as empresas monetizem seus direitos creditórios, transformando os recebíveis em liquidez imediata sem aumentar seu endividamento.
Isso contrasta com os empréstimos bancários, nos quais as empresas assumem novas dívidas que devem ser pagas com juros, aumentando o passivo e limitando potencialmente a capacidade de obter mais crédito no futuro. Além disso, a securitização através dos FIDCs proporciona uma diversificação do risco.
Em ambos os casos — bancos ou FIDCs — o risco pode ser calculado a partir de uma série de variáveis: risco da carteira de clientes, histórico do pagador, condições de mercado, etc.
Nos empréstimos bancários e FIDCs de capital próprio, por exemplo, o risco está concentrado nas próprias instituições, enquanto as de capital aberto negociam os direitos creditórios com o mercado, que realiza os aportes de acordo com o seu perfil de risco, resultando em condições mais favoráveis para a empresa cedente.
Outra vantagem dos FIDCs em relação às linhas de crédito tradicionais é a flexibilidade.
As linhas de crédito tradicionais geralmente possuem limites rígidos e condições específicas de solicitação, enquanto os FIDCs podem ser estruturados de forma a atender necessidades específicas de fluxo de caixa, que representa uma solução pensada sob medida para a empresa.
Por que optar pelos FIDCs?
Em uma indústria tão dinâmica quanto a de transformação, entender a importância do financiamento é fundamental para impulsionar o crescimento e a inovação.
Nesse sentido, ao optar por um FIDC, sua empresa pode desfrutar de maior flexibilidade e personalização nos termos de financiamento do que financiamentos mais tradicionais.
Ao diversificar suas fontes de financiamento, você pode mitigar os riscos associados à volatilidade do mercado e garantir uma base sólida para sustentar o crescimento a longo prazo. E, além disso:
Acesso a recursos sem aumentar o endividamento
Um dos principais atrativos dos FIDCs é que eles oferecem uma fonte adicional de capital de giro, essencial para cobrir despesas operacionais, como compra de matéria-prima, pagamento de fornecedores e despesas salariais.
Além disso, esse financiamento pode ser fundamental para aproveitar oportunidades de investimento de curto prazo, como atualizações de equipamentos, expansão da capacidade de produção ou lançamento de novos produtos.
Diversificação de fontes de financiamento
Os FIDCs permitem que a empresa diversifique suas fontes de financiamento, reduzindo a dependência de empréstimos bancários tradicionais e de outras formas de crédito. Isso proporciona uma maior resiliência financeira e flexibilidade para explorar diferentes oportunidades de financiamento.
Condições de financiamento ágeis e flexíveis
Essa flexibilidade pode incluir prazos de pagamento mais longos, estruturas de amortização personalizadas e até mesmo taxas de juros competitivas, contribuindo para a otimização do fluxo de caixa e a maximização dos investimentos em crescimento e inovação.
E, pelo fato de esses fundos normalmente terem uma estrutura mais enxuta e flexível, você contará com mais agilidade na tomada de decisões.
Melhoria do fluxo de caixa
Ao vender direitos creditórios para uma FIDC, a empresa pode converter ativos de longo prazo em caixa de curto prazo. Isso ajuda a melhorar o fluxo de caixa da empresa, com recursos para financiamento, e ainda reduz o risco de crédito, transferindo o risco de inadimplência dos clientes para o fundo e diversificando.
Estabilidade em momentos de incerteza econômica
Em períodos de incerteza econômica, os FIDCs podem fornecer uma fonte estável de liquidez, auxiliando a empresa a manter suas operações e cumprir com suas obrigações financeiras, mesmo quando as condições de crédito são restritivas.
Impacto nos indicadores financeiros
Quando você converte direitos creditórios em caixa imediato, há mais liquidez para a empresa, permitindo que ela tenha mais recursos disponíveis para suas necessidades financeiras, sem que contraia grandes dívidas.
Isso melhora os índices de liquidez, como o corrente e o imediato, proporcionando uma visão mais saudável da capacidade da empresa de cumprir suas obrigações de curto prazo.
Além disso, ao antecipar recebíveis e reduzir a dependência de empréstimos bancários, você terá uma menor alavancagem financeira, refletida em um menor índice de endividamento, menos risco financeiro e maior a estabilidade da empresa a longo prazo.
Menos riscos futuros
Como você notou, os FIDCs ajudam a agilizar a aquisição de recursos financeiros. Porém, também é importante lembrar que existe uma regulamentação dos FIDCs pela Comissão de Valores Mobiliários oferece uma camada adicional de proteção.
A CVM estabelece normas rígidas para a constituição e operação dos FIDCs, como a Instrução CVM 489, que garantirá transparência, governança e conformidade com as melhores práticas.
Ao optar por um crédito via FIDC você obtém um atendimento consultivo especializado no assunto e uma operação personalizada e customizada às suas necessidades.
Assim, contar com uma instituição especialista em FIDCs permite que você tenha ainda mais rapidez, liquidez e taxas competitivas, permitindo que o seu retorno seja rápido e seguro!
FIDC aberto ou fechado
Com exceção de tipo de investidor, os FIDCs de capital aberto e fechado são bem parecidos. Contudo, há uma grande vantagem do FIDC de capital próprio, você negocia direto com quem está investindo, sendo a própria instituição que faz o empréstimo.
Isso fornece a vantagem de negociar condições ainda mais personalizadas para sua empresa e não apenas aquelas definidas pelas forças de mercado. Dentro dessa personalização do FIDC de investimento fechado, você:
- Pode negociar com garantia de bem imobiliário;
- Tem acesso a condições de pagamento melhores;
- Pode acelerar o tempo de negociação dos recebíveis.
Escolheu negociar crédito via FIDC?
Ao considerar opções de crédito, é essencial conhecer as diferenças entre operações geradas via FIDCs e aquelas geradas em demais bancos do sistema financeiro.
FIDCs são uma alternativa interessante porque permitem que as empresas transformem seus recebíveis em capital de giro, o que é um movimento valioso para ter mais liquidez.
Atenção aos prazos e taxas de juros, apesar de serem frequentemente mais atrativas que financiamentos tradicionais, sua empresa pode ter custos de captação menores, um fluxo de caixa mais estável e previsível.
Mas, antes de tudo, você deve conhecer e diagnosticar as necessidades da sua empresa e qual é o plano estratégico que você deseja colocar em prática. Em outras palavras, você, empreendedor, deve saber onde o seu negócio deve chegar e o que deve ser feito para isso.
Em tempo: se você ainda não tem essa clareza na sua mente, não se preocupe! Nosso time está aqui para ajudar.
Leia também: 5 dicas de planejamento para empresas: Prepare-se para o sucesso!
Classificação de risco em FIDCs
A classificação de risco das tranches de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios é um processo que afeta tanto os investidores quanto a empresa emissora dos direitos creditórios.
Essa classificação é realizada por agências de rating independentes e baseia-se em uma série de critérios que avaliam a qualidade e a probabilidade de adimplência dos créditos que compõem o fundo.
Conheça alguns deles:
- Análise da qualidade dos direitos creditórios;
- Solvência do cedente;
- Estrutura jurídica do fundo;
- Capacidade de gestão do administrador do fundo;
- Diversificação dos créditos;
- Concentração de risco em determinados devedores;
- Histórico de inadimplência dos créditos securitizados.
Para os investidores, a classificação fornece uma indicação da segurança e qualidade dos ativos, ajudando-os a tomar decisões sobre quais tranches investir, considerando seu perfil e objetivos.
Tranches com classificação mais alta são consideradas menos arriscadas e oferecem retornos menores, enquanto tranches com classificação mais baixa apresentam maior risco, mas potencial de retorno mais elevado.
Isso influencia diretamente a estratégia de diversificação e gestão de risco dos investidores.
Para a empresa emissora, a classificação de risco afeta o custo de capital, a liquidez dos ativos e o acesso ao mercado. Tranches de risco mais baixo atraem mais investidores com taxas de retorno menores, o que reduz o custo de financiamento.
Além disso, uma boa classificação melhora a reputação da empresa, uma vez que demonstra sua capacidade de gerar créditos de alta qualidade e facilita futuras operações de securitização.
Aplicações práticas para grandes empresas
Grandes empresas de diversos setores podem utilizar os fundos de direitos creditórios como uma ferramenta estratégica para negociar os seus recebíveis e transferir o risco das vendas a prazo para as instituições financeiras.
Empresas de varejo, por exemplo, frequentemente têm um volume significativo de vendas a prazo, gerando direitos creditórios substanciais.
Ao securitizar esses créditos por meio de um FIDC, a empresa pode converter rapidamente esses recebíveis em liquidez imediata, a fim de otimizar seu fluxo de caixa sem endividamentos. Isso abre espaço para investimentos de expansão, inovação ou outras necessidades operacionais com mais flexibilidade.
No setor de agronegócio, no qual os ciclos de produção e vendas podem ser longos e sazonais, as grandes empresas usam FIDCs para obter recursos antecipados sobre as vendas futuras.
Isso proporciona uma base financeira para suportar as operações durante os períodos de produção e colheita.
Empresas de telecomunicações e tecnologia, que geralmente têm contratos de longo prazo com clientes, podem utilizar FIDCs para monetizar os pagamentos futuros desses contratos.
Ao transformar esses recebíveis em caixa imediato, essas empresas conseguem financiar novos projetos, melhorar a infraestrutura ou aumentar o capital de giro sem comprometer as contas a pagar.
O que considerar antes de negociar seus recebíveis com um FIDC
Para quem planeja vender os direitos creditórios da empresa para FIDCs, algumas considerações que podem ser úteis para garantir uma preparação que ajudará a maximizar os benefícios. Aqui estão algumas sugestões:
- Analise de portfólio de crédito: Realize uma análise abrangente do portfólio de crédito da empresa para identificar os direitos creditórios mais adequados para venda;
- Organize sua carteira: Para evitar vender os direitos creditórios que não deveria, organize-os por grupos para facilitar a sua visualização sobre a possibilidade de venda. Por exemplo, ativos de diferentes setores, regiões geográficas ou tipos de devedores;
- Negocie termos favoráveis: Negocie os termos e condições da transação com o gestor do FIDC para garantir condições favoráveis para a empresa;
- Adote estratégias de precificação: Desenvolva uma estratégia de precificação sólida para os direitos creditórios a serem vendidos, considerando o risco associado, a qualidade dos ativos e as condições de mercado;
- Avaliação de impactos financeiros: Avalie cuidadosamente os impactos financeiros da venda dos direitos creditórios para a empresa, incluindo os efeitos sobre o fluxo de caixa, a rentabilidade e a posição financeira geral.
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Asseguramos a concessão de limites apropriados ao perfil de cada cliente. Mas, além disso, oferecemos um atendimento personalizado e soluções financeiras sob medida para a sua necessidade em:
- Antecipação de recebíveis;
- Cobrança simples (Trustee);
- Operações estruturadas;
- Nota comercial de Crédito;
- Capital de Giro | CCB.
Ao longo deste texto, discutimos em detalhes como os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios podem ser uma solução financeira para empresas, destacando sua estrutura, processo de securitização e os benefícios tanto para emissores quanto para investidores.
O Daniele Banco se destaca como uma excelente opção, proporcionando expertise e soluções financeiras personalizadas, como a Antecipação de Recebíveis, Antecipação de Contratos, Domicílios, Capital de Giro, Nota Comercial e muito mais.
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