Factoring: entenda o que é e as suas limitações

A captação de recursos é uma necessidade de qualquer negócio, até mesmo para as grandes empresas. Para sanar essa dor, uma solução disponível no mercado é o factoring — você já ouviu falar sobre ele?

Acredita-se que a prática de fomento mercantil surgiu na Europa, por volta do século XIV e, desde então, passou por diversas atualizações. 

Contudo, o processo como conhecemos hoje, que consiste na aquisição de direitos creditórios e adiantamento de recebíveis, surgiu por volta de 1808, nos Estados Unidos, com compras de direitos creditórios de indústrias têxteis.

Na leitura a seguir, entenda o que é e como ele funciona com mais detalhes, além disso, conheça seus agentes, suas modalidades, suas limitações e mais!

O que é factoring?

Factoring é o nome dado a uma operação de compra e venda de contas a receber a prazo, por um valor à vista, com taxas de juros e de serviços. Na prática, ela funciona da seguinte maneira: 

Imagine que uma empresa precise de recursos. Para lidar com essa necessidade, ela vende suas contas a receber para uma companhia de factoring — especializada na antecipação de recebíveis.

Assim, essa empresa consegue receber valores no presente que entrariam no caixa do negócio somente no futuro. E, por conta dessa antecipação, há um abatimento sobre a quantia total.

Dessa forma, a principal finalidade dessa prática é proporcionar liquidez imediata às empresas. Afinal, com essa operação é possível acessar um capital sem a necessidade de ter que esperar o prazo de vencimento de faturas.

Essa modalidade, vale observar, é comumente associada às micro e pequenas empresas. Isso porque muitas vezes esses negócios menores enfrentam dificuldades em obter crédito junto às instituições financeiras tradicionais. Mas grandes empresas também são beneficiadas com antecipação de recebíveis.

Com a factoring, as empresas têm a possibilidade de vender seus recebíveis e, assim:

• Melhorar o seu fluxo de caixa;
• Reduzir riscos de inadimplência;
• Focar no crescimento e desenvolvimento.

Nos tópicos a seguir, conheça com mais detalhes os agentes de  factoring e as suas principais modalidades!

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Os agentes de factoring

Para que uma operação de factoring possa ocorrer, é necessária a participação de três agentes: o aderente, o fator e o devedor. Veja a seguir os que sempre fazem parte:

• Devedor: este, por sua vez, é o cliente do aderente. É ele quem possui uma dívida pendente relacionada a uma compra a prazo. 
• Aderente: é a empresa que vende seus créditos a receber para uma companhia de factoring. É ele quem transfere suas faturas de vendas a prazo em troca de um pagamento antecipado;
• Fator: é a companhia de factoring que compra os créditos a receber do aderente. Para isso, o fator analisa as faturas e os devedores, incluindo o risco de inadimplência envolvido no processo;

É possível que alguns casos também incluam seguradoras de crédito, outras instituições financeiras ou agências de classificação de crédito. 

Quando uma operação de factoring é concretizada, o devedor passa a dever o valor diretamente ao fator, sendo notificado sobre isso. Assim, ele precisa fazer o pagamento à companhia de factoring, respeitando os mesmos termos e prazos estabelecidos com o aderente.

Modalidades de factoring

Além de saber quem são os agentes envolvidos em uma operação de factoring, vale a pena conhecer as suas modalidades: com recurso, sem recurso e internacional. 

A primeira é a factoring com recurso. Nesse caso, o aderente mantém a responsabilidade sobre o risco de inadimplência do devedor. Isso significa que, se o devedor não pagar a fatura, o aderente deve reembolsar a companhia de factoring. 

Coloque infográfico simples, por favor.

Para entender essa modalidade, na prática, acompanhe o caso abaixo:

• Imagine que uma empresa de confecções vende roupas para um varejista e cede as faturas dessas vendas a um fator; 
• Nesse exemplo, se o varejista não quitar a fatura na data de vencimento, a empresa de confecções terá que pagar o valor para a empresa de factoring.

A outra modalidade é o factoring sem recurso. Nesse tipo, o fator assume o risco de não pagamento do devedor. Assim, se o cliente não pagar a fatura, o aderente não é obrigado a reembolsar a companhia de factoring. 

Veja um exemplo prático:

• Suponha que uma pequena empresa de tecnologia vende seus produtos para uma grande rede de lojas e cede as faturas dessas transações ao fator;
• Caso essa rede não pague a fatura, a companhia de factoring é quem terá que lidar com a inadimplência, pois a empresa de tecnologia não precisará fazer um reembolso.

Mais uma modalidade de factoring é a internacional. Essa, por sua vez, envolve operações entre empresas de diferentes países. Ela é uma opção utilizada, principalmente, por exportadores que desejam garantir o recebimento de suas vendas no exterior. 

Confira um exemplo para compreendê-la melhor:

• Imagine agora uma empresa que exporta móveis para uma loja nos Estados Unidos e cede as faturas dessas vendas a uma companhia de factoring internacional; 
• A única mudança na operação de factoring internacional, é que a companhia de factoring garante o pagamento à sua empresa, independentemente da localização do devedor estrangeiro.

Aspectos legais do factoring no Brasil

Até aqui, você conferiu os principais pontos sobre as características e o funcionamento de uma operação de factoring. Agora, qual o quadro legal e regulamentar dessa solução financeira no Brasil?

Embora não haja uma lei específica no país referente a factoring na legislação brasileira, existem normas que definem os direitos e as obrigações, tanto das empresas aderentes quanto das companhias de fator. São elas:

• Lei das Sociedades por Ações (Lei n.º 6.404/76), que contém disposições que são aplicáveis às operações de factoring, principalmente no que diz respeito à cessão de crédito;
• Código Civil Brasileiro (Lei n.º 10.406/02), que também regula a cessão de créditos em seus artigos 286 a 298;
• Resolução n.º 2.144/95 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central do Brasil (Bacen), que dispõe sobre a constituição e o funcionamento de companhias de factoring no país.

Sendo assim, essas companhias  precisam seguir diretrizes como: 

• Formalizar a cessão de créditos por escrito;
• Notificar o devedor sobre a transferência;
• Cumprir as normas contábeis e fiscais.

Da mesma forma, as empresas aderentes também têm obrigações, como:

• Fornecer informações precisas e verídicas a respeito dos créditos cedidos e dos devedores;
• Cumprir os termos acordados no contrato de factoring.

Assim, com as obrigações estipuladas para cada lado, é possível garantir maior segurança e transparência às operações de factoring no país.

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Limitações do factoring

Como você viu, o factoring é uma solução que envolve diferentes normas, além de obrigações das partes envolvidas, sendo uma opção que pode ajudar muitas empresas que precisam de dinheiro, principalmente para negócios que têm um rating mais baixo de crédito.

Mas, não é apenas ao score que você deve se atentar. É válido ressaltar que o factoring também tem algumas limitações, como você verá nos tópicos a seguir!

Dependência da empresa de factoring

Uma limitação da factoring é que, ao contar com essa solução regularmente, as empresas podem se tornar dependentes desse tipo de operação para manter o seu fluxo de caixa.

Em razão disso, negócios podem ter implicações e desafios em relação à sua gestão financeira — ainda mais porque os recursos que seriam recebidos no futuro serão pagos no presente. 

Dessa forma, não dá para contar com esse capital futuramente, sendo preciso fazer um planejamento financeiro muito bem organizado. É preciso contar com uma agência especializada que avalie a situação financeira da sua empresa com você, para que juntos, encontrem a melhor solução!

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Vendas de faturas individuais

Embora o factoring seja uma ferramenta valiosa para melhorar o fluxo de caixa, ele é frequentemente mais adequado para micro e pequenas empresas, o que pode representar uma desvantagem para empresas de maior porte.

Isso ocorre porque o factoring envolve a venda de faturas individuais, uma abordagem que pode ser menos eficiente e mais custosa em termos de taxas e juros para grandes volumes de contas a receber.

Impacto na relação com clientes

Outra implicação do factoring é que essa solução pode acabar interferindo na relação de uma empresa com seus clientes.

Afinal, a partir do momento em que esse tipo de operação é realizada, a cobrança da dívida pode ficar por conta exclusivamente do fator externo à organização.

Alguns clientes que mantêm relação de longa data com a empresa podem sentir isso como uma quebra de confiança, quando, na verdade, ela traz garantias para ambas as partes.

Limitação no tipo de recebíveis

Mais um ponto que vale ser mencionado a respeito da factoring se refere à limitação dos tipos de recebíveis.

Primeiro, entenda que, para uma empresa conseguir fazer uma operação desse tipo, ela precisa ter recebíveis de qualidade. 

Além dessa questão, nem todos os setores conseguem utilizar essa solução financeira devido às suas particularidades.

Custos do factoring

Por último, nesse tipo de operação, as taxas e comissões cobradas pelo fator podem ser mais elevadas do que o nível que a empresa consegue absorver e, assim, não ser uma opção tão atrativa.

Factoring x outras antecipações de crédito: qual o melhor para as grandes empresas?

Conforme você acompanhou nos tópicos anteriores, o factoring é uma operação financeira que apresenta algumas limitações. Embora ela seja uma opção popular para antecipação de recebíveis, quando pensamos em empresas maiores,possui desvantagens sobre outras formas de antecipação, como o desconto de duplicatas e a securitização. 

Essa modalidade  geralmente envolve custos mais elevados, devido aos valores cobrados pela empresa de factoring, além de poder gerar impactos negativos na imagem da empresa cedente ao transferir o controle das cobranças a terceiros. 

Em contraste, o desconto de duplicatas pode ser mais direto e menos oneroso, permitindo à empresa manter o relacionamento direto com seus clientes. Enquanto a securitização, apesar de ser uma operação mais complexa, oferece vantagens significativas em termos de custos mais baixos e a possibilidade de levantar capital em larga escala sem ceder o controle operacional das cobranças. 

No Daniele Banco, oferecemos alternativas mais vantajosas que as tradicionais defactoring, permitindo que sua empresa encontre a melhor solução para suas necessidades financeiras com eficiência e preços competitivos..

Com uma análise do Daniele Banco, você encontrará uma opção personalizada que será:

• Mais rápida para negócios com um volume significativo de vendas;
• Mais rentável do que um empréstimo;
• Mais fácil de contratar;
• Mais flexível e customizada às suas necessidades.

O Daniele Banco é pioneiro em operações com direitos creditórios no Brasil. Logo, oferecemos às empresas uma solução robusta para melhorar seu fluxo de caixa e preservar a sua saúde financeira!  

Para tanto, é necessário considerar questões como as necessidades da empresa, sua situação financeira e o contexto de suas operações. 

Leia também: Crédito ou antecipação de recebíveis para planejar o início de ano 

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Ao longo deste conteúdo, você pôde conhecer melhor a operação de factoring, desde o seu funcionamento até suas limitações.

Além disso, conferiu alternativas de antecipação de recebíveis mais rentáveis que factoring, como o desconto de duplicatas, que pode oferecer ainda mais benefícios ao seu empreendimento.E, há mais de 35 anos, o Daniele Banco oferece toda a sua expertise e agilidade para conseguir recursos financeiros para as necessidades particulares de cada empresa. Acesse o nosso blog e leia os conteúdos publicados sobre nossa especialidade: a antecipação de recebíveis para médias e grandes empresas.

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